quarta-feira, 25 de junho de 2008

NOTÍCIAS - Construção faz disparar crédito malparado

Desemprego e subida dos preços e dos juros estão a dificultar o pagamento das prestações dos empréstimos. Num ano, o crédito malparado disparou mais de 15%, totalizando já 4,45 mil milhões de euros, entre particulares e empresas.

Os dados relativos à evolução da concessão de crédito e do montante de cobrança duvidosa mostram que não são apenas as famílias, mas também as empresas que, de mês para mês, mostram maiores dificuldades em pagar os empréstimos. Em Abril, o malparado das empresas ascendia a 1,93 mil milhões de euros e o dos particulares subia para 2,52 mil milhões de euros.

Entre Abril de 2007 e igual mês deste ano, o valor do crédito concedido a empresas que as instituições financeiras tiveram de classificar como sendo de cobrança duvidosa foi de 266 milhões de euros. Só o sector da construção foi praticamente responsável por metade deste malparado.

De acordo com o "Boletim Estatístico" do Banco de Portugal, as empresas tinham naquele mês créditos no valor total de 106,39 mil milhões de euros, dos quais 21,123 mil milhões foram contraídos pelas de construção. Em termos, globais o malparado estava contabilizado em 1,93 mil milhões de euros, sendo aquele sector responsável por quase um terço (602 milhões de euros) daquele total.

Do lado dos particulares, a situação evidencia um padrão de comportamento idêntico. Ainda que face ao montante de crédito total concedido, o malparado seja residual, o certo é que desde Dezembro de 2007 que mantém uma constante tendência de subida. Em termos homólogos, o crédito de cobrança duvidosa das famílias subiu 16,43% em Abril (ou 356 milhões de euros). O total ascende a 2,52 mil milhões.

O incumprimento foi especialmente sentido no segmento da habitação: num um ano aumentou 161 milhões de euros, totalizando já 1,37 mil milhões de euros. Numa comparação mensal (entre Março e Abril deste ano), há a registar uma subida de 1,25% (ou 17 milhões de euros). Já no crédito ao consumo, o incumprimento aumentou 57% em termos homólogos, mas registou uma ligeira melhoria (ao cair 3,05%) se a comparação for feita com o mês anterior.

A informação sobre os empréstimos concedidos até Abril último mostram que as famílias continuam a contrair empréstimos para comprar casa, mas a um ritmo que praticamente não oscilou face ao mês anterior. No total, em Abril, os portugueses deviam aos bancos 130,83 mil milhões de euros, sendo que este valor não inclui o crédito titularizado ("vendido" a outras instituições).

(IN) JN 2008

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Uma Equipa Jovem mas Muito Competente

Obras em Espanha

segunda-feira, 21 de abril de 2008

CONSVIEIRA é já uma referência no ramo da construção civil

A empresa CONSVIEIRA, com sede em Mancelos, constituída há um ano, é já uma forte referência no ramo da construção civil.
José Carlos Vaz Vieira, administrador da empresa, deu a conhecer ao Notícias de Figueiró o percurso desta jovem empresa e os seus objectivos para se impor no mercado das obras.


Notícias de Figueiró (NF) - Quando e como nasceu a empresa?
José Carlos Vieira (JCV) - A empresa denomina-se “CONSVIEIRA CONSTRUÇÕES LIMITADA”, tem a sua sede social no lugar de Felgueiras, da freguesia de Mancelos, do concelho de Amarante e tem como objecto social a Construção Civil e Obras Publicas, Compra e Venda de Imóveis e revenda dos adquiridos. Foi constituída em 24/01/2006, por escritura pública, lavrada no Cartório Notarial de Amarante. A sua constituição é o resultado das diversas mutações sentidas pela economia Portuguesa e Europeia e pelo próprio sector. Alterações essas sentidas a nível económico, financeiro, fiscal e social, que levaram os empresários em nome individual, que era o meu caso - já a exercia há aproximadamente 4 anos -, a delinearem estratégias que permitissem a sua continuidade no mercado do sector da construção civil.

NF - De início, sentiram dificuldades para se imporem no mercado da construção civil?
JCV - As dificuldades com que fomos confrontados foram ultrapassadas com alguma facilidade, pois como já foi referido anteriormente, a minha presença no mercado do sector durante quatro anos, como empresário em nome individual, permitiu-me constituir defesas para combater e ultrapassar essas mesmas dificuldades. Tudo isso, só foi possível após o conhecimento e estudo do mercado do sector, no sentido de obter os pontos fortes e fracos do mesmo e posterior delineação de objectivos e estratégias de actuação.

NF - Quais os principais obstáculos que encontraram?
JCV - Um dos principais obstáculos com que fui, e e continuo a ser confrontado, é a concorrência desleal existente no sector, originada por empresas que aparecem no mercado e que não cumprem os requisitos essenciais de permanência, quer a nível de cumprimento das normas impostas pelas diversas entidades, tais como Segurança Social, Finanças, IDICT; IMOPPI entre outras, quer a nível económico e financeiro.

NF - Quais as principais áreas em que a empresa está vocacionada?
JCV - A empresa, no âmbito das estratégias que delineou, optou por especializar-se, de momento, em duas áreas de actuação, áreas essas que já adquiriu a sua sustentabilidade no mercado, e que vai permitir à empresa, num curto espaço de tempo, abarcar outras áreas. As nossas áreas de actuação intitulam-se por “Trabalhos de Acabamento e Estrutura” e consistem na aplicação dos diversos tipos de tijolo; aplicação interior e exterior de pedra, revestimento interior e exterior de paredes; aplicação de todo o tipo de tijoleiras, aplicação de louças sanitárias e outras; pintura de exterior e interior; aplicação de ferro e cofragens.


NF - Neste momento, a área de acção da empresa está mais direccionada para Espanha. Porque?
JCV - A opção pelo mercado Espanhol é resultado da saturação do mercado Português, constatada pela redução drástica no concurso e adjudicação de obras e pela contenção do investimento publico e privado no sector da construção civil.
Espanha é um país que, de momento, se encontra em franca expansão, e que garante às empresas portuguesas a estabilidade que necessitam para permanecer no mercado do sector, apesar dos condicionalismos que lhe impõe. Assiste-se, no país vizinho, a um vasto e alargado mercado de inserção das nossas empresas, até porquê é um mercado com insuficiência de mão-de-obra neste sector.

NF - Quais as obras que mais marcaram o percurso da empresa? O que está a executar neste momento?
JCV - A obra que marcou o percurso da empresa “Consvieira Construções Limitada”, foi a construção de um empreendimento habitacional de 50 fracções em Rio Tinto. Esta foi a rampa de lançamento da empresa e como tal a mais marcante, pois a eficácia, a eficiência e a qualidade com que os trabalhos foram realizados possibilitou o adquirir de uma posição marcante no mercado e a integração em grandes empresas de renome no mercado português, adjudicatárias de futuras obras.
Em Espanha uma das obras mais marcantes foi a construção de 20 vivendas em Ledesma, Salamanca.
De momento, existem oito obras em curso, a decorrer por toda a Espanha, nomeadamente em Zamora, Salamanca e Valladolid.

NF - Teme que, dentro de alguns anos, não haja trabalho em Portugal para todas as empresas do ramo?
JCV – Em Portugal, já se assiste a uma abertura no mercado do sector. O concurso e adjudicação de obras já passam a ser uma realidade. Contudo, e em face da crise que o sector atravessou nos últimos três anos, verificou-se uma filtragem das empresas do sector, predominando as que adquiriram sustentabilidade e cumprem as normas impostas para o sector. Na minha opinião, essa filtragem irá continuar embora a um ritmo mais lento, pois as empresas que não tinham capacidade para continuarem no mercado, já foram eliminadas, e a adjudicação de obras irá permanecer, até porque o sector da construção civil é um dos mais relevantes para a economia portuguesa. Em face desta conjuntura, as empresas têm que se integrar em novos mercados, nomeadamente no dos países que integram a União Europeia, de forma a garantirem a sua sustentabilidade, a garantia dos postos de trabalho dos seus trabalhadores, e o seu próprio investimento.